terça-feira, 11 de março de 2008

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Gostaria de tecer alguns comentários sobre o Dia Internacional da Mulher. Sabemos que existem mulheres que venceram preconceitos e "abriram as portas" para nós, que nascemos no século 20.

Mas sabemos, que ainda na metade desse século, a mentalidade era a de mulher esposa e mãe,"dirigindo" tanques e fogões.

Aquelas que venceram as fronteiras do possível e do impossível foram verdadeiras heroínas.

Uma que mais admiro é Nair de Teffé que, mesmo esposa de um Marechal que "estava" Presidente da República, ousou apresentar obras de Chiquinha Gonzaga (uma pioneira, que enfrentou o preconceito do século 19) em pleno Palácio do Catete (já no século 20) sendo, também, uma cartunista (Rian) em um meio masculino.

Tudo ótimo, mas... será Dia Internacional ou Ocidental da Mulher?

Vencemos e nos gabamos de que hoje podemos quase tudo, mas será?

Como são vistas as mulheres na China,com todo o comunismo? Por que lá se tem o direito(e até o dever) de abortar fetos do sexo feminino? Agora é fácil; antes tinha-se que esperar o nascimento para saber o sexo da criança.E matava-se, se fosse menina. E no Japão ? Até hoje o Imperador pensa como Henrique VIII e quer divorciar-se porque sua mulher não lhe dá um filho homem. Até parece que não sabe o que determina o sexo da criança. Para nascer um menino, o pai deverá "doar" um cromssoma Y, que a mãe jamais terá. Logo é ele e não ela que terá de gerar filho homem. Henrique VIII não sabia disso,mas Ankito deve saber.A princesa não agüenta mais viver no claustro da família imperial.Está definhando.

Pobres mulheres dos países islâmicos !...Essas, além de serem totalmente subordinadas aos homens, ainda têm de dividir seus maridos com outras esposas e concubinas.A lei permite 4 esposas e quantas concubinas quiserem, desde que possam sustentá-las. Estive com 4 amigos em Casablanca e fomos convidados a cear na casa de um motorista de táxi que nos tratou com toda cortesia, mas sua esposa não pode sentar-se à mesa (ou melhor) nas almofadas conosco, nem pudemos conhecê-la. As mulheres dos países árabes ainda se podem considerar felizes.Há países na África (parece-me que um é a Nigéria) em que as meninas são castradas ao nascer ,têm seu órgão genital "costurado", deixando uma pequena passagem para a menstruação. O órgão será "descosturado" pelo marido. Há, ainda, países africanos nos quais, na puberdade, mutila-se novamente a menina, dessa vez retirando os "grandes e pequenos lábios". É, nós mulheres ocidentais podemos agradecer a Deus, ou ao destino ou que outro nome tenha (não Alá) termos nascido sob o signo da liberdade "abrindo as asas sobre nós".

É muito bonito comemorarmos nosso dia entre flores e abraços, é muito bonito o porquê (ou os porquês) dessas comemorações, é muito bonito sabermos que nossos amigos, nossos parentes, nossa imprensa, nosso comércio festeja, cada um a seu modo, o dia Internacional (?)da Mulher, mas...será internacional mesmo?

Como já tive ocasião de dizer, no pais mais povoado do
mundo, com mais de 1 bilhão de habitantes (a China) , ainda se tem o direito de abortar feto do sexo feminino, como se fazia antes (quando não se sabia o sexo antes do nascimento) com meninas recém-nascidas.
E a China é um país adiantado, em grande desenvolvimento,
apesar de ser um dos mais antigos do mundo.

Os esquimós(considerados
primitivos) também têm o hábito (e mais do que isso, o dever) de eliminar crianças do sexo feminino.

Os muçulmanos, podem ter tantas
mulheres quanto desejarem, mas se acham no direito de apedrejar em público,até a morte, a mulher adúltera.
Em seus países, a
mulher não pode, sequer, sair às ruas desacompanhada de seu "dono" e, toda coberta, tendo,´por muito favor, um pequeno espaço aberto em sua vestimenta,para ver, ouvir e respirar.

Viva nosso Brasil, mas aqui também tivemos (e temos) os "donos" que não admitem ser abandonados.

Casos conhecidos estão aí, como Pimenta (jornalista de importante jornal de São Paulo); Lindomar Castilhos (cantor), Doca Street (play-boy) que se acharam, com o direito de eliminar suas companheiras que não mais o queriam; achavam-se DONOS delas. Esses são nomes conhecidos, mas existem espalhados por toda parte milhares de homens que se consideram com o direito de tirar a vida daquelas que não o querem. E, na maioria das vezes, são aprovados e não pagam por esse "direito de matar".

Posso considerar-me hoje uma pessoa feliz, com algo para comemorar, mas agr
adeço a todas que sofreram (e ainda sofrem) para que eu possa estar aqui manifestando minha opinião.

Às grevistas, às vítimas de criminosos, às pioneiras, como Chiquinha Gonzaga, Berta Lutz, Nair de Teffé... meu MUITO OBRIGADA!!

Norma Hauer

Fotos encontradas através do Google